terça-feira, 26 de outubro de 2010

OITO OU OITENTA

Nem tanto à terra,
Nem tanto ao mar,
Entre o oito e o oitenta,
Sempre existe um lugar.

Nem só o profano,
Nem só o sagrado,
Entre o oito e o oitenta,
Há um ponto equilibrado.

Nem muito exposto ao sol,
Nem muito sob o luar,
Entre o oito e o oitenta,
Sempre existe onde ficar.

À direita, ou à esquerda,
Só um lado, ninguém aguenta,
Há um espaço mais justo,
Entre o oito e o oitenta.

Na busca pelo melhor,
Que tal o quarenta,
Para eliminar as dúvidas,
Entre o oito e o oitenta?

domingo, 17 de outubro de 2010

O INVERNO

Foram-se as andorinhas em revoada,
Para o outro lado, em busca de calor,
Tal qual almas desamparadas,
Vagando sem rumo a procura de amor.

Foram-se as folhas caídas, com o vento
Que varre o chão com força e brio,
Ouve-se ao longe algum lamento
De corpos desamparados pelo frio.

Veio a neve, esta forte emoção,
Que traz alegria, aconchego e saudade,
Chegaram as geadas, com a nova estação,

Este manto branco de tranquilidade,
Transbordando em cada coração
Mais carinho, amor e fraternidade.

domingo, 3 de outubro de 2010

AQUELE AMOR

Aquele amor foi uma sombra
Que se pairou sobre mim.
Aquele amor, mesmo sendo bom,
Precisava ter seu fim.

Aquele amor foi sublime,
Foi puro, foi verdadeiro,
Mas, nada disso impediu,
O desenlace derradeiro.

Aquele amor foi uma sombra
Que se pairou sobre nós dois,
Foi bom enquanto durou,
Mas bem melhor, ficou depois.

Hoje, aquele amor é uma página,
Escrita na nossa história,
É um capítulo de nossas vidas,
Gravado em nossa memória.

Está em meu livro "Útil e Agradável"