sábado, 28 de junho de 2008

POETA

O poeta é um ser diferente,
A ninguém sabe ser cruel,
Guarda as mágoas que sente,
Só desabafa no papel.

No coração do poeta,
Sempre existe alegria,
Quando a tristeza o afeta,
Ele a transforma em poesia.

O poeta sabe transformar,
O mais profundo sentimento,
Olha o céu, descreve o mar,
Vê a chuva, descreve o vento.

O poeta sabe esculpir,
Sem escopro, sem pincel,
Sabe formar com as palavras
As molduras do papel.

Essa está no livro UM POUCO DE VIDA EM CADA POESIA. Nesse livro encontram-se as primeiras. Comecei a escrever com onze anos de idade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O INVERNO

Foram-se as andorinhas em revoada,
Para o outro lado em busca de calor,
Tal qual almas desamparadas
Vagando sem rumo a procura de amor.

Foram-se as folhas caídas, com o vento
Que varre o chão com força e brio.
Ouve-se ao longe algum lamento,
De corpos desamparados pelo frio.

Veio a neve, esta forte emoção,
Que traz alegria, aconchego e saudade.
Chegaram as geadas, com a nova estação,

Este manto branco de tranqüilidade,
Transbordando em cada coração
Mais carinho, amor e fraternidade.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

UM NOVO SER

Uma nova estrela surge no mundo,
Uma nova luz cheia de esperança,
De um ato de amor tão sublime,
Vê-se nascer uma criança.

Um novo ser que se desprende,
De um recinto tão acolhedor
E abre os olhos ao mundo,
Como o desabrochar de uma flor.

Um novo ente que cresce
No seio de uma família,
No horizonte da vida
É um novo astro que brilha.

terça-feira, 17 de junho de 2008

O AMOR E A ROSA

O amor é
Tal qual a rosa,
Toda perfumada,
Maravilhosa.

Mas um dia acontece
De a rosa se desfolhar,
E um pergunta ao outro:
Por que eu fui te amar?

Aí, então aparece,
Da rosa só o espinho
E, cada um sai para um lado,
Preferindo viver sozinho.

Chega a hora da saudade,
Da tristeza, da agonia,
Mas resta a felicidade
De ter sido amado um dia.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

NASCIMENTO

O dia amanhece
Alguém abre os olhos e chora,
Aviso de que está no mundo.
Alguém que não possui grande tamanho,
Mas possui vida.
Alguém que não emite som algum,
Mas emite ruídos.
Os ruídos também são mensagens,
Que penetram em nossos sentidos.
Alguém que precisa de alguém,
Alguém que precisa ambiente,
Alguém que precisa viver,
Para se tornar alguém.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

UM RECADO

O desabrochar de uma flor,
Traz ao mundo uma lição,
É uma injeção de amor,
Para abrir o coração.

É um recado dado com calma,
A este mundo de então,
É um toque sucinto na alma,
De quem vive na contra mão.

É exemplo para alguns humanos,
Que perderam a consciência,
Que se consideram soberanos,

De toda a nossa existência
E agem, nestes últimos anos,
Como desprovidos de inteligência.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

UM MERO MORTAL

Como pode um mero mortal,
Viver de braços cruzados,
Se aportamos no mesmo mundo
E caminhamos lado a lado?

Como pode um mero mortal,
De um semelhante desfazer,
Se aqui chegamos sem pedir,
Para juntos bem viver?

Como pode um mero mortal,
Se considerar superior,
Se nada somos nesta vida,
Sem atenção, sem amor?

Nossa caminhada é a vida,
Nosso corpo é mortal,
Em tudo somos diferentes,
Mas nossa alma é igual!