Tainhas, São Francisco de Paula/RS - Brasil, 11 de setembro de 2021
Prezados Seres Humanos
Hoje, vinte e nove anos depois, dou a todos o meu bom dia e, entrego esta carta, que deveria ter sido enviada naquela época, para todas as pessoas do mundo.
Ouvindo as notícias sobre tudo o que estava sendo tratado na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco 92, ou Rio 92), entre os dias 03 e 14 de junho de 1992, planejei esta carta, Ela não alçou voo, tal qual, as metas traçadas na Conferência.
Morando no interior, sentindo o cheiro da terra molhada pela chuva, respirando o ar puro da serra, era fácil perceber como aqueles temas, pautados naquelas palestras, seriam benéficos aos seres vivos em geral, à natureza como um todo.
Esta carta talvez não chegasse aos destinos previstos, porque os meios eram diferentes e as comunicações eram lentas.
Hoje, vivenciando o que está aí, a destruição da natureza em todos os aspectos: água, ar, solo, vegetação, animais, tudo, tudo...
Lembrei-me da carta. E o ser pensante atrasado, até quando? Sem a natureza, não há vida!
Obrigada pela atenção.
Cordialmente,
Iva da Silva
N.A: Esta Carta encontra-se no livro "As Cartas que não Escrevi", Antologia, parte II, Helvétia Editions, 2022, pág. 47,